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CRIAR ESPAÇO PARA PESSOAS

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LINHA DO TEMPO

2005

Prefeito Newsom lança a iniciativa Ruas Para Viver

  • Implantação do Programa Ruas Maravilhosas
  • Adotada a Política da Rua Completa
  • Adotada a Política da Rua Melhor
  • Iniciam as discussões com a MTA (Agencia Municipal de Transportes) sobre atenuar o trânsito na Valencia Street e a identificação do corredor de 4 quadras como 1 dos 7 corredores prioritários

2006

DPW (Departamento de Obras Públicas) e MTA formam parceria para a transformação da Valencia Street

Série de encontros da comunidade resulta na escolha da quadra da 16a-17a Rua como o mais importante conector comercial, para pedestres e ciclistas

2007

Candidatura a dois editais com recursos do governo federal, o que levou os limites totais do projeto de
1 para 4 quadras.

  • Extensão do projeto para incluir as 15a-19a Ruas

2008

Garantia de todas as bolsas e outros fundos

  • Início do processo de projeto com múltiplas agências, stakeholders chave

2009

Começo da construção

  • Projeto foi associado com projetos de pavimentação simultâneos, como recomendado pela política de Ruas Completas

2010

Cidade de São Francisco adota o Plano para Ruas Melhores

  • Finalização da construção

2011

(Setembro) Paisagem completa

  • (Hoje) manutenção
69
bicicletários adicionados
6,1
milhão de dolares custos de projeto
76000
pés² de calçada adicionada

CONTEXTO

A Valencia Street é um corredor ativo, altamente populoso, no variado bairro Mission, ou “Missão”, em São Francisco. Muitas lojas, restaurantes e galerias de arte compõem a rua e são intensamente utilizados pelos habitantes e visitantes. Ciclistas usam a Valencia Street frequentemente e muitas rotas de ônibus atravessam o corredor. O terminal de ônibus que serve a região inteira da Bay Area fica a uma quadra do local do projeto.

PROBLEMA

O corredor das 4 quadras da Valencia Street tem uma história de conflitos entre ciclistas, carros e pedestres. É a maior via de ciclistas, uma área comercial popular, um nó local e regional para conexões de trânsito. O tráfego era demasiadamente rápido nas ruas; ônibus obstruíam os carros e ciclistas. As calçadas eram superlotadas com bicicletas estacionadas e pessoas. O nível térreo da rua era tão congestionado que os comerciantes tinham pouca possibilidade de postular espaço na rua para lugares onde
sentar.

SOLUÇÃO

No final das contas, os ciclistas e pedestres precisavam de mais espaço e os carros precisavam andar mais devagar. O Programa Ruas Maravilhosas reuniu uma equipe interagências com especialistas em seus próprios programas, o Departamento de Estacionamento e Tráfego da MTA e o Departamento de Planejamento Urbano. Coletivamente, os seus objetivos priorizaram segurança para todos os usuários, aumento do espaço para calçada, melhoria das ciclovias e manutenção da diversidade do
bairro.

Você tem que aproveitar as oportunidades ou as coisas vão continuar como estão.”Kris Opbroek – Gerente de Projeto, Programa Ruas Maravilhosas

SEGREDO

Obter equilíbrio. A equipe interagências trabalhou muito bem em conjunto. Havia as pessoas certas em volta da mesa, com as capacidades equilibradas. A equipe percebeu a visão e foi otimista quanto aos resultados. Dentro do próprio projeto, equilibrar os objetivos da comunidade com mérito técnico assegurava o seu sucesso. A comunidade – incluindo habitantes e comerciantes – queria que o bairro mantivesse o seu caráter e singularidade, enquanto também apoiava todos os modos de tráfego, especialmente de pedestres. Quando a comunidade mostrou as suas preocupações sobre os modelos de desenho para o corredor, a equipe teve dados técnicos para sustentar a sua lógica para os desenhos, mas foi também flexível com o input da comunidade.

LIÇÕES

Ser flexível. Todas as partes envolvidas permitiram muita discussão e cooperação, de um ponto de vista departamental e individual, e todos concordaram sobre o desenho, fluxo de tráfego e seções transversais do corredor. Quando lidavam com a comunidade, sempre que podiam inventar um plano de apoio ou alternativa em caso de um desenho resultante ter sido insatisfatório, eles o fizeram. Isso mantinha a sua credibilidade com a comunidade e criava um ambiente de união.

Ser eficiente. A equipe assegurou cumprir todos os objetivos de todas as políticas locais em curso: iniciativa “Ruas Para Viver”, Política “Ruas Completas” e Plano “Ruas Melhores”. Durante a fase de construção e renovação, o projeto Valencia pegou carona com um outro projeto de pavimentação, realizado ao mesmo tempo, economizando recursos de ambos.

Não ter medo de testar os limites. Com apoio sólido de dados de trânsito concretos, os não engenheiros puderam convencer os engenheiros sobre elementos de desenho novos e ousados que contribuíram para a esfera pública do nível térreo.

IMPACTO

Não apenas a rua é muito mais equilibrada – ao invés dos anteriores 70-30 de espaço para carros versus espaço para pedestres e ciclistas, hoje são 50-50 – mas a rua apresenta também uma maior escala de pedestres. Com iluminação incrementada, mobiliário urbano, novas árvores e detalhes artísticos intimistas no pavimento, é um prazer caminhar pelo espaço físico e experienciá-lo. Como pedestre, enxerga-se tudo muito melhor no nível térreo: os ciclistas, as pessoas e especialmente as fachadas das lojas. Visto que a calçada é muito menos desorganizada, os comerciantes ganharam mais espaço, aumentando as suas propriedades imobiliárias; permissão para lugares onde sentar na rua aumentou dramaticamente e ‘parklets’ – parques pequenos ou mesas e cadeiras ocupando dois lugares de estacionamento – estão ganhando popularidade também. Como trabalho de uma equipe multidisciplinar, o projeto teve impacto na maneira com a qual os participantes pensaram sobre colaboração interagências. Todos aprenderam muito durante o processo e todos saíram ganhando. A experiência foi positiva e o sucesso dos participantes se traduzirá em colaborações futuras.

FAZER

  • procurar novos parceiros
  • juntar seu projeto com projetos concorrentes
  • criar planos de apoio como alternativa

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CONCLUSÃO

É claro que havia desafios desde o início do projeto. O corredor é extremamente movimentado e o bairro é variado, com pessoas, usos de terra e necessidades de transporte. A comunidade foi muito ativa nos processos de desenho e nas audiências. Apesar dos tantos desafios durante o projeto – comerciantes descontentes durante a construção, problemas técnicos no subsolo da rua e desafios de manutenção em curso – o resultado final foi um nítido sucesso. Essas quatro quadras da Valencia Street foram completamente transformadas numa área favorável para pedestres e ciclistas. Agora é o lugar onde as pessoas são acolhidas para permanecer um pouco e experienciar a vida comunitária.

Equilíbrio foi uma parte integral dessa transformação do nível térreo. A equipe equilibrou as necessidades da comunidade com a sua própria expertise e experiência com planejamento e gestão de fluxo de tráfego. Eles também abordaram o processo de desenho com dados concretos para apoiar o seu raciocínio, porém foram flexíveis com os inputs da comunidade. A colaboração interagências foi um sucesso, e estabeleceu um novo padrão para esforços coletivos no governo local e regional.

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