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Buskers (também conhecidos como street performers, ou “artistas de rua”) são um instrumento viável para rejuvenescer espaços públicos. Quando bem feito, o busking é uma opção de alto impacto e baixo custo. Não precisa de infraestrutura, não há barreiras, venda de ingressos, marketing, sessões de estratégias; apenas um artista, que não precisa de salário, atuando em troca de gorjetas. E eles podem começar amanhã. Buskers incentivam interação social no nível da rua, criam intimidade e permitem às pessoas se sentirem confortáveis e seguras. Eles também proporcionam uma das novas formas de entretenimento ao vivo que cidadãos de baixa renda podem acessar e usufruir.
Porém, o busking corre o risco de deixar de existir devido a exigências de autorização, com sistemas de permissão, audições, taxas, processos de candidatura por escrito, proibições de equipamentos, agendamentos e marketing, fazendo com que a arte espontânea, surpreendente nos espaços públicos passe a pertencer ao passado. Algumas cidades proibiram o busking todas juntas, algumas não têm nenhuma regulação, e há outras que ativamente celebram e apoiam os artistas de rua. A gestão do espaço público geral depende da atitude predominante de cada cidade em relação à inclusão social, liberdade de expressão, acessibilidade e senso de conforto.
O busking pode funcionar muito bem, mesmo com regulações. Por exemplo, a Buchanan Street em Glasgow é um dos eixos de pedestres comerciais mais bem-sucedidos no Reino Unido. Os buskers são considerados uma parte essencial da experiência e identidade da rua. As autoridades políticas locais não intervêm, pois a rua continua a ser um local acolhedor. A comunidade é autorizada a se auto-regular.
Melbourne introduziu audições para números de busking que poderiam ser considerados “perigosos” (espadas, fogos, etc.), porém o processo de julgamento está nas mãos de outros buskers. Dessa forma, as autoridades de Melbourne permitiram que os artistas da rua se auto-regulem, apesar dos seus medos com relação a segurança.
Em Singapura, em razão do grande número de buskers querendo atuar, a Prefeitura estabeleceu um processo de audição, similar a um concurso de talentos. O Conselho Nacional de Artes e os artistas locais participam junto e decisivamente do processo. Porém, na prática, muitos artistas de rua não se preocupam com a obtenção de permissão; e enquanto ninguém reclama, a polícia não os incomoda.
O diálogo e interação entre os buskers e autoridades políticas funcionará melhor quando o busking for abordado como um recurso para ser estimulado ao invés de um problema para ser resolvido. Para cativar os melhores talentos de busking, as cidades devem fazer com que os melhores buskers queiram lá trabalhar.
Para atingir isso, políticas e diretrizes de busking devem ser desenvolvidas em cooperação com a comunidade de busking da cidade. Corretamente implementado, um guia de melhores práticas em busking pode ser largamente vantajoso para todos. Autoridades astutas promoveriam a reputação de suas cidades como hotspots de busking para estimular o capital cultural.
Uma reclamação comum é a de que centros urbanos fracassados são moribundos, enquanto outros comercialmente bem-sucedidos estão se tornando homogeneizados. Uma cena vívida de street-performing pode atrair as pessoas aos centros urbanos e estimulá-las a passar o seu tempo lá. Uma cena animada pode mostrar a cultura ou o caráter daquela cidade e diferenciá-la das suas competidoras.
Liberdade de expressão é um direito inalienável; a permissão deveria ser sempre concedida e licenças nunca deveriam ser obrigatórias. Em vez disso, se restrições a busking existem em virtude de um sistema de autorização, o sistema deve oferecer benefícios significativos em contrapartida. Deve ser desejável.
A licença deve ser considerada uma retribuição para os buskers que estão tentando fazer com que a cidade se torne um lugar melhor para viver ou visitar. Desse modo, a pena por violar as regras seria a revogação da licença. Ameaçar com multas, confisco dos equipamentos ou prisão não promoverá um senso de inclusão.
Se houver buskers que continuamente se recusem a cumprir as regras, informar os buskers da área que é possível que as regras tenham que mudar se o artista não se corrigir, e pedir-lhes que resolvam o caso entre si. Administrado apropriadamente e apoiado por uma comunidade de busking que se sinta valorizada, um sistema de autorização oferece extraordinários benefícios potenciais para os habitantes, turistas, artistas e comércio. Cidades favoráveis a buskers atraem os melhores artistas do mundo, que podem ajudar a criar espaços animados, vibrantes, permitindo às cidades inspirar-se na energia do busking e reforçar bastante essa marca da cidade.
Para apoio ou para saber mais sobre o que buskers podem oferecer, visite-nos em buskr.com.
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